Uma batida suave na sua porta despertou Reggie dos seus pensamentos.
“Sr. Grayson?”
Reggie não reconheceu a voz. “Sim?” ele perguntou.
“Tenho uma entrega para o Sr. Reginald Grayson. Você é ele, sr.?”
Reggie abriu a porta. Um menino, não mais do que doze, estava parado do lado de fora. Suas roupas estavam cobertas com uma fina camada de poeira, seus sapatos com lama endurecida, mas seu rosto e mãos estavam limpos. Ele segurava um envelope nas mãos.
“Sou Reggie Grayson.”
O menino entregou-lhe o envelope. “Isto é seu, sr.”
Reggie pegou o envelope. Ele não tinha nenhuma moeda para dar ao menino pelo esforço. Reggie olhou para a penteadeira. “Espere,” ele disse ao menino. Ele tinha uma tira de couro extra que ele usava para amarrar seu cabelo para trás quando ele estava no palco. Ele o entregou para o menino, cujo cabelo caia solto ao redor do seu rosto. “É o melhor que eu tenho,” ele disse num pedido de desculpas. “Gostaria que fosse mais.”
O menino o pegou com os olhos arregalados. “Obrigado, sr.” O menino dobrou a tira de couro e a colocou no seu bolso como se fosse feita de ouro. Ou talvez, na cidade de Virgina, ela teria sido feita de prata. “Boa sorte para você, sr.”
O menino correu pelo corredor estreito antes que Reggie pudesse lhe perguntar quem lhe enviou. Talvez a resposta estivesse no envelope.
Reggie fechou sua porta e voltou sua atenção para o envelope. Ele não tinha nenhuma marca do lado de fora, exceto seu próprio nome.
Ele quebrou o selo no envelope. Dentro ele encontrou uma única folha de papel. Ele a desdobrou e ofegou.
Era um desenho dele no palco. E não apenas em qualquer palco – neste palco. No desenho, Reggie estava vestido com as roupas que tinha usado no dia anterior durante o ensaio.